
Na economia circular há computadores de madeira
É possível um compromisso entre o consumo crescente de aparelhos eletrónicos
e os objetivos de redução de resíduos? Encontramos a resposta em Dublin.
Um computador ecológico que praticamente não produz resíduos – é o original
conceito por detrás da empresa de Paul Maher. Há três anos, Maher conquistou
o primeiro Rótulo Ecológico Europeu atribuído a um fabricante de computadores.
Aqui 98% do hardware é reciclável. “Os nossos computadores são modulares para
poderem ser facilmente atualizados ou reparados. Todos eles são feitos de madeira
reciclada, por isso não há dois iguais. (…) Não utilizamos mercúrio, nem chumbo,
nem PVCs, nem plásticos”, explica o responsável da MicroPro Computers.
Mas utilizam um modelo de negócios que assenta nos serviços pós-venda, para garantir a longevidade aos seus produtos. Este é um exemplo da chamada economia circular: quase todos os componentes são recicláveis. Terminado o tempo de vida, os criadores dizem que os eco-computadores podem tornar-se, por exemplo, em caixas registadoras.
Segundo as mais recentes estimativas, reutilizar matérias primas pode poupar às empresas da União Europeia mais de 600 mil milhões de euros por ano. Shane Colgan, da Agência de Proteção Ambiental irlandesa, considera que “a economia circular funciona em todos os setores. Desde a partilha de um carro, até à conversão de resíduos de plástico em vestuário.”
Para além dos benefícios ambientais, estima-se que uma transição para um sistema de economia circular poderia criar mais de 500 mil empregos na Europa. “Segundo a Comissão Europeia, a economia circular vai permitir reduzir as emissões de carbono em 450 milhões de toneladas até 2030”, acrescenta Colgan.
Fonte: euronews
