
Áreas protegidas geram 600 mil milhões de dólares por ano
Investigadores de universidades americanas e britânicas desenvolveram um modelo
para calcular os benefícios econômicos proporcionados pelas áreas protegidas.
As contas deles indicam que, em todo o mundo, parques nacionais e outras reservas
recebem pelo menos 8 milhões de pessoas todos os anos. Esse número expressa-se
também nos gastos dos turistas, mais de U$ 600 mil milhões de dólares anualmente,
o equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina. O estudo, o primeiro realizado
em escala global para responder qual o valor econômicos das áreas protegidas,
foi publicado nestaterça-feira, 24 de fevereiro, no jornal científico online de
livre acesso "PLOS Biology". A pesquisa foi financiada por The Natural Capital Project.
Os investigadores admitem que o cálculo ainda é bastante conservador e que subestima o total de pessoas que visitam áreas protegidas, já que se baseiam em dados bastante limitados. De qualquer forma, o resultado supera em muito o total estimado de gastos globais para proteger estas áreas, apenas U$ 10 bilhões, um valor considerado insuficientemente pelos inestigadores. Eles pedem mais investimentos para manter e expandir as áreas protegidas, o que - segundo os autores do estudo - poderia resultar em ganhos econômicos e salvar da destruição espécies e locais preciosos.
O professor de Biologia da Conservação da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, Andrew Balmford, comemora a popularidade das áreas protegidas, mas lamenta que elas estejam a ser degradadas por fatores como invasões e extração ilegal de madeira. "Estes pedaços do mundo oferecem-nos benefícios incontáveis, desde estabilizar o clima e regular o ciclo da água até proteger um incontável número de espécies", afirma o autor principal do estudo. "Agora nós estamos a mostrar que, através do turismo, as reservas naturais dão uma grande contribuição para a economia global", completa.
Fonte: oeco
